quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Flores

Doce aroma que revigora, trasforma
Incentiva meu viver
Alegra meu olhar
Flores perfeitamente belas
Posso tocá - las
Guardá - las nas páginas de um livro
Rosas vermelhas, orquídeas todas
Flores em meu caminho
Em minha mesa de centro
Por todo lugar
Meu jardim florido
Meu perfume preferido
Essas flores presente de um querido
Guardadas, eternizadas na memória
Levo comigo seu perfume
Presente mais bonito

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Borboleta

Crisálida, casulo
Lagarta, feia, estranha
Nojenta
Processo lento
Solitário
Vazio
Metamorfose
Romper barreiras
Destruição e dor
Sofrimento
Para ser
Bela, perfeita
Admirada, pequena
Borboleta
Voa bela borboleta
Descobre o mundo
Trasnformada
Livre e linda
Borboleta

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Menina Assustada

Menina assustada
Vejo lágrimas em seus olhos
Vejo dor em seu rosto
Pecebo seu medo
Seu cansaço
Cansada de andar
Corpo pesado
Fome, frio
Medo
Solitária continua
Caminhando sem rumo
Longa caminhada
Onde estará
O norte
Pra onde ir
Será que vai chegar
Qualquer lugar serve
Pobre menina
Assustada
Não sabe pra onde ir.

domingo, 24 de agosto de 2008

Pode dizer o que quiser
Pode pensar o que quiser
Não estou ouvindo
Nem vou prestar atenção
Não sei explicar
Nem vou esperar

Nova

Sorrridente beleza
Ofuscante nobreza
Rainha menina
Mulher feminina
Brincadeira de criança
Vento batendo
Cabelos voando
Destemidamente bela
Atrevidamente feliz
Ousadamente diferente
Assumidamente nova
Redescobrindo o descoberto
Refazendo a história
Simplesmete menina
Naturalmente bela
Liberdade contagiante
Vento batendo
Saia voando
Dançando a beleza
Vivendo


Sem Razão

Explosão de sentimentos
Turbilhão de pensamentos
Profundo inconformismo
Confusão mental
Loucura
Total desvario
Ira, desconfiança
Tormento
Perambulando insone
Por ruas escuras
Sem razão
Sem Solução
Tudo some na névoa da manhã
Tudo vai embora
Quando brilha o sol
Sonho ruim
Acorda menina
Você não está sozinha
É só mais um sonho ruim
Levante - se
O pesadelo acabou

Sem Explicação

Sinto - me enfeitiçada
Embriagada
Somente um som
Basta o seu toque
Seu cheiro
Magia
Ternura
Carinho
Sem explicação
Tudo tranforma - se
Brilho sem igual
Encanto total
Perfeição
Tocada, fisgada
Apaixonada

Noite

Completo silêncio
Total escuridão
Olhos despertos

Escura noite clara
Solidão sonhara
Pesadelo

Rola enrola
Deita levanta
Caminha

Pensa
Repensa
Nada

Noite
Em claro




Vitória

Enfadonha espera deixe-me sair
Não quero aguardar
Não preciso esperar
Estou livre para voar

Enfim a recompensa
O ouro desejado
Brilhante, reluzente
Sorridente

Faz-me ainda mais feliz
Esqueço a dor a raiva
As noites sem dormir
Os momentos de privação

Vejo apenas
O ouro
O brilho
A vitória

Doce sabor da glória

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Brilhe

Sinta-se plena
Dispa-se inteira, não permita que tirem seu sorriso.
Nem tão pouco que apaguem seu brilho.
Permita-se viver, sentir, sorrir, voar
Essa é você
Menina, mulher
Boneca graciosa
Perfeita criação Divina
Puro encantamento e magia
Não acredita?
Então ouça o que falam de você
...
E acredite
Bem lá no fundo você sabe

quinta-feira, 7 de agosto de 2008


Andando em círculos
Cometendo os velhos erros
Tropeçando nas mesmas pedras
Todo o tempo
O tempo todo
As mesmas frases
As letras puídas de sempre
Repetido discurso
Tentando ser forte
Lutando para parecer normal
Insana
Atormentada
Só uma pequena
Jogada ao vento
Escondendo o medo
Encobrindo a dor
Guarda teu pavor
Pequena
Perdida no tempo
Noite que vem lenta e mansa
Forte e companheira
Eterna cúmplice dos amantes
Amiga dos insones
Guardiã dos segredos insanos

Noite fria e sombria

Fala aos corações solitários
Abriga os medos e tormentos
Desse coração aflito
Leva contigo para o seu refúgio

O dia já vem
Guarda contigo meus
Anseios
E não devolvas
Nunca mais

Músicas que falam por mim


Cigana
Eu me vesti de cigana
Pra cantar o sol
Fiz comício e deu cana
Pra cantar o sol
Ah, que riso bacana
Pra cantar o sol
Virtuosa e profana
Pra cantar o sol
Dança, dança, dança pra cantar o sol
Todo ao amor que emanar, pra cantar o sol
Fui quem se dava e se dana
Pra cantar o sol
Quem não mente, te engana
Pra cantar o sol
Quem teu hálito abana
Pra cantar o sol
Virtuosa e sacana
Pra cantar o sol
Dança, dança, dança pra cantar o sol
Todo ao amor que emanar, pra cantar o sol
Fiz do meu corpo cabana
Pra cantar o sol
Fiz de um ano semana
Pra cantar o sol
Fiz do amor porcelana
Pra cantar o sol
Fui cigarra e cigana
Pra cantar o sol
Dança, dança, dança pra cantar o sol
Todo ao amor que emanar, pra cantar o sol
Fui tua mão que me esgana
Pra cantar o sol
O que o brilho não empana
Pra cantar o sol
Meu amor tinha gana
De cantar o sol
Virtuosa e sacana
Pra cantar o sol
Dança, dança, dança pra cantar o sol
Todo ao amor que emanar, pra cantar o sol
Oswaldo Montenegro

Desmotivada

Desmotivada não consigo escrever
Me falta inspiração
Talvez seja cansaço, ou tédio
Sem graça, incolor, insípida
Pra onde foram as letras
Esconderam - se de mim
Fugiram as palavras
Doces companheiras de tantas horas
Frases, textos esvaíram sem dizer adeus
Incapaz
Desmotivada
Sem palavras

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Hora de Levantar

É estranho quando olho ao redor
E percebo que nem tudo mudou
Como diria Raul:
"Talvez se eu fosse burra não sofreria tanto."
Ando por ruas estreitas, escuras e frias
Vejo coisas, pessoas
Ouço apenas os meus passos
Sinto o vento gelado
O frio cortante das madrugadas insones
Pensamento
Estranho momento
Contínuo tormento
Acordada
Estou em minha cama
Aquecida, abrigada.
E o vento?
O frio?
Os passos?
Pesadelo.
Já passou.
Dorme outra vez
Amanhã é outro dia.
Fecho os olhos
Ouço o despertador
Hora de levantar.

Pablo Neruda

Quando eu era menina ouvia minha tia dizer que lia Neruda.
Ela dizia cheia de si como se fosse o máximo.
Cresci ouvindo esse nome sem sequer imaginar do que se tratava.
Nunca tive curiosidade de procurar maiores informações.
Um belo dia fui a um concerto.
Antes da apresentação uma senhora elegante apresentou -se dizendo:
Em homenagem ao dia dos namorados vou ler um texto deum poeta que escrevia o amor.
E começou a ler, achei lindo.
Assistimos a apresentação e ao final fui cumprimentá - la, e claro perguntar que texto era aquele, pois ela disse que era de Pablo Neruda.
Desde então tornei - me uma apaixonada por Neruda.
O texto é o seguinte:

Poema XLIV

Pablo Neruda

Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.

Meu amor tem duas vidas para amar-te.

Por isso te amo quando não te amo

E por isso te amo quando te amo.


(Retirado de: Cem sonetos de amor)


ç Tradução Maria Teresa Almeida Pina

Preenchidos

Abraçados, entrelaçados
Ofuscantes, flamejantes
Suados, molhados
As roupas espalhadas pelo chão
Anunciavam a pressa e a displicência.
O desejo ardente de entregar - se
Aos instintos
Sem falsos pudores
Sussurros, gemidos
Gargalhadas, gritos
Ecoavam noite afora
Horas a fio
Momentos intensos
De puro prazer
Mero querer
Eram dois
Agora um
Preenchidos, saciados.
Soberbamente,
Furtivamente.
Extasiados.




Gotas de Luz

A menina olhava encantada
O brilho ao longe
Nas mãos do sábio
Pequenas
Grandes
Médias
Eram muitas
Lindas
Brilhantes
Ofuscantes
A menina paralisada,
Curiosa admirava
Sem ousar aproximar - se
O sábio olhou - a
Com olhar convidativo
Finalmente aproximou - se
Corajosa perguntou:
São gotas de luz?
Sorridente o velho sábio respondeu
São diamantes raros e belos.
Mas não tão belos quanto seu sorriso.
A menina sorriu saiu.
Levando na memória as gotas de luz.

Dentro do Coração de Arthur

Por um instante Morgana sentiu - se radiante
Estava dentro do coração de Arthur
Pôde ver com seus próprios olhos.
Bem no centro do coração
Estava seu nome,
Seu rosto,
Seu gosto,
Sua voz.
Como refletida em espelho
Viu - se no coração de Arthur
Guardada, amada, venerada.
Absoluta.
Ficou confusa, sem saber o que fazer.
Decidiu sair.
Sem dizer nada.
Levando consigo os segredos do coração alheio.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Bola de Cristal

Melhor que bola de cristal
Pior que prever o futuro
Saber ser
Poder ter
Ver resolver
Enfim a chave que abre as portas do misterioso
Universo alheio
Os mistérios, os segredos, tudo agora está diante de seus olhos
Sem vendas, sem barreiras
Bem ali diante de seus olhos
Pode tocar diz o sábio
Pode sentir
Porem jamais poderá compartilhar esse tesouro com alguém.
De
que vale todo o ouro do universo
Se não podes compartilhar com ninguém.
Pra que te serve essa bola de cristal
Se ela pode te mostrar um futuro triste e solitário
Ou um passado podre e fétido
Segue teu caminho diz o sábio
E deixa de lado as chaves do mistério
Esquece a bola de cristal
Sinta o prazer da surpresa.
Não queira descobrir antes o que está por vir
É sofrer duas vezes.

Mentiras

Mostra a tua cara
Escancara
Fala a verdade
Não disfarça
Teus olhos te desmentem
Mentem, metem medo
Tuas janelas
Falsas janelas
Entreabertas, sob as cortinas
De sua língua
ferina
Encobertas por tuas falas
Falsas
Mentiras
Pára
Quem vai acreditar
Tua máscara caiu
Olha
Só você não vê
Que teu faz de conta acabou
Só você restou
Você e sua mente
Só mente
Mentira
Mente só
Somente.

Simples Mente

Mente
Simples mente
Oculta, guarda
Esconde, finge
Não brinca...
E tudo estava tão bem.
Trai, diz trai
Culta oculta
Encurta a curta
História
Bonita
Apenas um conto
Com um ponto.
Um ponto final.

Depois

Dois corpos estendidos
Exaustos
Ofegantes
Extasiados
Completos
Preenchidos
Suados
Contemplados
Com a delícia e o

Prazer
Do sentimento
Poder estar com quem se quer bem.
Simplesmente sentir.

Queria Sentir Outra Vez

Angústia, ansiedade, agonia.
Tormento, respiração ofegante.
Tudo parecia desmoronar.
Mas algo lhe tocou os olhos, o corpo, a mente.
Tudo ficou pra trás.
Nada de tormento.
Agora só pensava em ouvir de novo aquela voz.
Queria sentir outra vez, o calor daquele corpo
O gosto do beijo...
Só pensava nisso, só sobrou espaço pra isso.

Crime Perfeito

Achava que somente ela possuía as provas que poderiam incriminá - lo.
Quando encantada, e ao mesmo tempo apavorada descobriu:
Ele também guardava todos os
registros anteriores...
Frases, textos, palavras, conversas.
Agora mais incriminados, totalmente
cumplíces.
Planejavam, desejavam, aguardavam
O momento
exato para o crime.
Crime? Eu disse crime?
Talvez sejam criminosos, ou apenas dois seres
Interessados um no outro, ou não.
Outra vez a mensagem inesperada, porem desejada.
Sabe aonde é que isso vai parar.
Nem eu, mas de uma coisa eu tenho certeza.
Esse crime qualquer um pode cometer...

Conversas

Quase tremeu quando viu a caixa de entrada das suas mensagens.
Que saudade de você!
Eu também, mas nunca ouso falar...
Não vacilou; ligou.
NÃO CONSEGUIU FALAR.
Vai ser melhor assim.
Respondeu, deu errado.
Mandou mais duas mensagens que deram certo.
E Advinha?
Existe telefone...
Bom ouvir sua voz outra vez...