segunda-feira, 30 de março de 2009

O vento, unguento, tormento
O cheiro da flor, a cor
Dores de amores
Horrores e pavores
Soluços lágrimas choro
Pranto, pavor, solidão
Quanto sofrer, tanto querer
E nada poder
Ficar sem nada fazer
Correr e nunca se deter
A chuva, a noite
A lua, o frio
Sem razão
Sem solução

domingo, 29 de março de 2009

A Companhia

A proteção, o sabor, o calor, tudo sempre me fascina
Me fortalece me deixa leve, doce
Cosegue tirar de mim os pensamentos mais nobres
Desperta os sentimentos mais ternos e cálidos
Eleva-me ao mais alto dos céus, aguça meu paladar
Aflora meu pensar, ilumina meu olhar,
Enobrece meu querer, tranforma meu viver
A companhia mais desejada e cara pra mim
Faz-me assim leve, livre, mansa
Deixa-me assim saudosa, esperançosa
Meldada e apaixonada
Consegue devolver o sorriso aos meus lábios
O canto à minha voz, a ternura ao meu coração
Leva embora a solidão segura a minha mão
Envolve-me em suas carícias e acolhe meu corpo
Em seu manto de amor
Traz a paz e devolve meu sono
Me faz transbordar de prazer
Quero sempre estar assim
Repleta, extasiada, confortada
Acalmada em suas doses e doses de carinho e amor
Completa atenção, total dedicação
Obrigada por sua companhia!
Domingo nos braços do meu amor, aproveitei ao que pude cada segundo
deixei tudo de lado pra ficar ao seu lado, hoje ele ficou um tempo a mais,
Não importa pois sofro de saudades outra vez...



sábado, 28 de março de 2009

Momento Cultural 2009

Ouvir boa música em boa companhia,
não tem preço, apreciar, aproveitar
as oportunidades que temos, sem comentários
Foi fantástica a apresentação da Orquestra
Até a próxima!!!
Valeu a companhia Pri.

sexta-feira, 27 de março de 2009

E as Horas Passam...

E as horas passam, os ponteiros do relógio correm gritantes, flamejantes, repugnantes
Os dias passam, mau viramos a página do calendário e já temos que virar outra vez, porque outro mes acabou
O ano que apenas começou ja vai quase a metade
E as horas passam, os ponteiros do relógio disparam atléticos, determinados
A semana voa, acordamos segunda e adormecemos sexta, num piscar de olhos
Fim de semana nem sequer sentimos, ouvimos falar distantemente
E as horas passam os ponteiros do relógio partem obstinados, desarvorados
Fim do dia, fim de semana, fim de mes, fim de ano, fim da linha...
Tudo como sempre, nada novo, nenhum plano, nenhum sonho, nem sono
E as horas passam, o tempo passa, a vida passa e você passou também
Perdeu a chance perdeu a vez
E as horas passam sem piedade, sem remorso elas passam

quinta-feira, 26 de março de 2009

Caminhos díspares, desejos opostos situações cotidianas, as mesmas histórias contadas em ordens diferenciadas.
Tem-se a impressão de viver outra história, mas ao final das contas tudo continua intacto, exceto claro o coração, esse músculo involuntário hoje calejado, desacreditado, desesperançado, triste, atordoado, amargurado, descompassado.
Vez alegre, outra triste já não sonha mais, não acredita, não espera, vai batendo fraco e lento, pois esse é seu dever, bater sem nada saber, nada querer, nada poder.
Solo, forte, fraco, coração abobalhado, atravessado, assombrado.
Nada a esperar, nada, nada, nada...

quarta-feira, 25 de março de 2009

Foi
Numa tarde formosa de Abril
Me declarei
Você então sorriu
Com ternura e afeição
E na mais pura e sã singeleza
Pus-me a pensar na grandeza
Da gente ter coração
Seus lábios entreabertos
Pediam-me um beijo
Quando eu ia aplacar seu desejo
A realidade surgiu
Acordei
Pois eu estava sonhando
Olhei o calendário
Ele estava marcando
Dia Primeiro de Abril
escrito por Vanessa Dantas

terça-feira, 24 de março de 2009

Queria poder te tocar, te abraçar, apenas te olhar
Queria sentar em seu colo, afagar teus cabelos
Contigo me deitar, velar teu sono

Sorrir teu sorriso, sonhar contigo
Queria poder te contar meus novos planos
Meus desejos mais secretos

Queria poder partilhar meus medos
Anseios, dúvidas e incertezas
Dividir momentos, partilhar sentimentos

Queria, quisera, quero
Quero porque posso
Quero porque vou

Viver, sonhar, sorrir e cantar
Pra sempre ao teu lado
Amor mais lindo do mundo

segunda-feira, 23 de março de 2009

sábado, 21 de março de 2009

Envolve-lo em meu corpo
Pressiona-lo em meus braços
Abriga-lo em minhas curvas
Sentir seus espaços tão
Perfeitamente encaixados
Em mim
Proteje-lo em minha fragilidade
Guarda-lo em minha pequenez
Acaricia-lo com meus labios
Em seu mundo
Nosso espaço
Somos nós
Somos um

Paz

Adormecida em seus braços
Esparramada em seu abraço
Aquecida em sua temperatura

Seus poros tem a medida exata
Pra me acalorar, me confortar
Me acalmar
Em seus braços conheci o amor
Em seu abraço conheci o calor
Adormeci tranquila
Desde então nunca mais
deixei de sentir paz
Quando estou em seu braços

sexta-feira, 20 de março de 2009

Saberes

e prazeres


Dizeres

e poderes


Queres

Podes


Fontes

Interminável
Prossiga
Até chegar
Aonde
Você
Deseja

quarta-feira, 18 de março de 2009

Maudito Conhecimento

Sentimentos atordoados
Pensamentos embaralhados
Batimentos descompassados


Nervosismo, impaciencia
Frieza, madurescência
Sensatez, destreza


Perícia refinada
Malícia rebuscada
Astúcia trabalhada
Movimentos acelerados
Pensamentos sinuosos
Sentimentos tortuosos
Momentos de tormento
Rompante sonolento
Maudito conhecimento


sexta-feira, 13 de março de 2009

"Podes controlar um elefante enlouquecido;
Podes fechar a boca do urso e do tigre;
Cavalgar um leão e brincar com uma serpente;
Por meio da alquimia, ganhar seu sustento;
Podes vagar incógnito pelo universo;
Dos deuses, fazer vassalos;
conservar-te eternamente jovem;
Podes caminhar sobre a água e viver no fogo;
Mas controlar a mente é melhor, e muito mais difícil."

(Escritura de um santuário em Mysore - Índia - pelo mestre Thayumanavar. Trecho do livro Autobiografia de um Iogue de Paramahansa Yogananda)

ॐ "bábá nám kevalam" (tudo é amor divino)
Não me dêem fórmulas certas,
porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostrem o que esperam de mim,
porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou,
não me convidem a ser
igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei
voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma
pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas,
das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos
pensamentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!"

Clarice Lispector
Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise
profunda, quanto mais eu!
Ciumenta, exigente, insegura, carente
toda cheia de marcas que a vida deixou:
Veja em cada exigência um grito de carência,
um pedido de amor!

Amor, amor é síntese,
uma integração de dados:
não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
(ninguém abraça um pedaço),
me envolva toda em seus braços
E eu serei perfeita, amor!

(Do livro "Bom dia amor!", Mirthes Mathias, Juerp, 1990)

(P.S.: Atenção para o poema em sua versão certa! Tem gente corrigindo a autoria, mas deixando os versos incorretos. Existe uma diferença enorme entre "eu serei perfeita, amor" e "eu serei perfeito amor". A mudança de gênero e a falta da vírgula alteram completamente o sentido.)

EU QUERIA TRAZER-TE UNS VERSOS MUITO LINDOS

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavrasseriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!

Mario Quintana (Quintana de Bolso)
Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.
Em tal não amanhece ainda a primavera.
Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris,
até ser só tu, só eu juntos.
Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,
a desembocadura da água de Boroa,
pensar que separados por trens e nações
tu e eu tínhamos que simplesmente amar-nos
com todos confundidos, com homens e mulheres,
com a terra que implanta e educa cravos.

Pablo Neruda

Soneto XI

Tenho fome de tua boca, de tua voz, de teu pelo,
e pelas ruas vou sem nutrir-me, calado,
não me sustenta o pão, a aurora me desequilibra,
busco o som líquido de teus pés no dia.

Estou faminto de teu riso resvalado,
de tuas mãos cor de furioso celeiro,
tenho fome da pálida pedra de tuas unhas,
quero comer tua pele como uma intacta amêndoa.

Quero comer o raio queimado de tua beleza,
o nariz soberano do arrogante rosto,
quero comer a sombra fugaz de tuas pestanas

e faminto venho e vou olfateando o crepúsculo buscando-te,
buscando teu coração ardente
como um puma na solidão de Quitratúe.

Neruda

AUSÊNCIA

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava ignorante, a falta.Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Drummond
Para meu coração basta teu peito
para tua liberdade bastam minhas asas.
Desde minha boca chegará até o céu
o que estava dormindo sobre tua alma.

E em ti a ilusão de cada dia.
Chegas como o sereno às corolas.
Escavas o horizonte com tua ausência
Eternamente em fuga como a onda.

Eu disse que cantavas no vento
como os pinheiros e como os hastes.
Como eles és alta e taciturna.
e entristeces prontamente, como uma viagem.

Acolhedora como um velho caminho.
Te povoa ecos e vozes nostálgicas.
eu despertei e as vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam em tua alma.

Consagrado com o prêmio Nobel de literatura em 1971 e Chileno de nacionalidade, Neruda foi um dos maiores poetas líricos em língua Catelhana.

quinta-feira, 12 de março de 2009

O vento apagou a chama das velas, que iluminavam o ambiente
De repente toda a cor se apagou também
Preto, branco, cinza tudo tornou-se cinzento e sem vida
O brilho desapareceu com a luz
O sorriso encabulado ficou, amarelado retirou-se
Os olhos ofuscados confusos estão
Os pensamentos atordoados
Cinzenta tarde...

quarta-feira, 11 de março de 2009

História Inacabada

Paixão que mexe remexe vai e volta
Anda passeia por ali e acolá, leva saudade, esperança
Aguarda, desiste, persiste
Ressurge, forte ou fraca, nova velha, totalmente antagonica
Fazendo um reboliço, um estardalhaço silencioso, discreto
Porém vulcânico, cataclismico
Assim mexida por dentro, confusa
Feliz, lisongeada,
Paixão?
Pra que rotular, por que julgar
Minha, sua, nossa
Amizade história inacabada

Viva!

Vastidão escura do ser
Imensidão vazia
Solitária menina
Frágil pétala
Medos, incertezas, fantasmas, dúvidas
As velhas frustrações de sempre
Caminhando por ruas molhadas de chuva
Sentindo, pensando, avaliando
Enlouquecendo a dor, saboreando o pavor
Menina abre os olhos, para de chorar
Mergulhe na chuva, deiter-se na areia
Banhe-se no mar
Viva!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Sonho

A voz, o rosto, poder de persuasão
Atitude, desprendimento
Atrevimento, envolvimento
Passeio pelas ruas
Livres pássaros, voando pelo céu azul
Sol escaldante, calor castigante
O toque, o cheiro, a pele
Saborear, aproveitar
Viver imensidão do ser
Guardar pra sempre
Sonho real
Impossível esquecer

Despaltério

Confusão, perdição sem rumo nem direção
A dor aperta o cérebro, comprime o coração
Tormenta, dúvidas, desconforto
Questões mal resolvidas
Pessoas, sentimentos, pensamentos
Frustrações perseguindo o ser
Desânimo, melancolia, apatia
Total inércia
O despaltério, tudo num piscar de olhos
Sorrisos solitários, olhar apaixonado
Novidades, reviravolta...

Beijo

Beijo sem pudor
Beijo sem amor
Com temor
Com ardor
No calor
Beijo
Beijo quente
Amargo
Doce
Cúmplice
Amante
Cheiro
Beijo